Pornotátil é um performance interativa onde o artista o Santo inimigo do mal se coloca como um objeto pornográfico não convencional. Ao deslocar o erotismo do visual para o tátil ele propõe uma outra forma de perceber baseada em outros sentidos. Dessa forma oferta ao público uma outra possibilidade de contato com o que ele chama de gesto pornográfico. Em suas obras ele propõe a pornografia como uma linguagem, deslocando o sentido do objeto, comumente fetichizado, para o gesto do fazer erótico. 

Nessa performance, Santo usa uma anteparo que cobre sua nudez. E com as calças abertas por dentro o público pode tocar e manipular toda a sua região genital enquanto ele permanece em um estado meditativo de presença e contato visual com os participantes. 

O aparato de contenção visual e o público é confrontado com a ideia de ultrapassa a ideia de uma pornografia puramente visual e irrompe noutro território sensível muitas vezes relatado a fantasia: o toque, o real, a carne, a textura e etc. 

Essa performance remete a performatividade várias artistas como Carolee Sheneman, Yoko Ono, Annie Sprinkle, etc. Sobretudo trabalha em cima de uma revisita a obra “Tap and Touch Cinema” de VALIE EXPORT. 

Pornotátil, 2025

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